terça-feira, 21 de abril de 2009

Poema/Predicação/Realidade



Desta vez deixo-vos aqui outro poema, que espero não ofenda ninguém! Não é a minha intenção tentar promover qualquer religião, ou difamar qualquer outra, é apenas um poema com um cheirinho a " Michel de Nostradamus", ou seja; um poema com um pouco de predicação e realidade á mistura.



" SEM FUTURO"
0s tempos mudaram, gentes diferentes, nem sempre contentes, onde chegamos!
Com esta ganancia de triunfar, o nosso dia vai chegar, em que para nós, que invejamos, o mundo também vai acabar.
Tanta raiva destrutiva nesta vida, e sem saber se irão ter outra ou não, pois só sabemos a que cá temos, esta passagem que cá vivemos.
Mas que importa que essa porta não se abra! Pois sem um Deus, nem anjos, quem vai dizer que há no alem, almas de cá.
Fé, e bom ter, mas então! será assim que se trata, se mata, por pensar que ao passar para o outro lado, será louvado por ter tirado vidas cá?
Humano, sempre a inventar maquinas para matar, soldados de paz, serão eles e elas, torturando, decapitando seus irmãos, irmãs; que cruéis mais infiéis somos nós, que coisa rara, será que pára?
Quem tem razão então! Será o ateu? Serei eu, que ás vezes assim ás vezes não!
Mas se falho então, quem vai dizer que estou errado, e se há outro lado, não deixam vir quem possa desmentir o que a sorrir não acredita.
Nós que somos feitos de pó, e não só, também de agua, de sol, do calor dessa estrela que continua a arder, se enfraquecer, então será o fim de todos os que estão cá.
Mas isso já será depois do ser humano ter por suas mãos destruído, e reconstruído mais de metade do seu globo, matando mais de metade do seu povo, triste será, mas que importa, eu pelo menos já não estou cá!
Há mais luas como a nossa, tentamos vê-las, mas este imenso universo é disperso, ninguém mais vai encontrar com quem falar por lá, e se por cá, se apagar essa estrela que nos aquece, tudo arrefece de tal forma que se transforma este globo, talvez sem povo, numa pedra de gelo.
Mas quem vai vê-lo? São já outras gerações, ainda não já, e este alento que eu sinto no meu pensamento, diz-me que em tempo, tudo se acaba, mas por agora ainda aguenta, e gerações haverá ainda, mais cinquenta.


Poema de Jose Carvalho

domingo, 12 de abril de 2009

Chouriço Português


E porque não dedicar este tópico a uma das mais famosas iguarias da cozinha portuguesa!
As diversas regiões de Portugal, em geral todas te-em os seus pratos típicos com que se identificam. Alguns bons exemplos são; os Rojões a Minhota, o Leitão da Bairrada e as Migas do Alentejo, entre muitos outro deliciosos pratos regionais. Curiosamente o chouriço português, que eu saiba, faz parte de todas as regiões portuguesas do continente e alem mar, com muita pouca distinção em paladar e aparência.
Eu por exemplo saí de Portugal demasiado jovem para ter aprendido a fazer as nossas deliciosas chouriças, mas não muito jovem para não ter aprendido a deliciar-me com o fabuloso paladar delas. Quando por força do destino me encontrei num cantinho do globo onde não existem quaisquer produtos portugueses, a não ser o mundialmente famoso vinho do Porto, não me restou outra alternativa se não aprender a confeccionar chouriças para consumo próprio.
Para outros portugueses que se encontrem na mesma situação, ou simplesmente queiram fazer uso da sua criatividade e poupar alguns tostões ao mesmo tempo, aqui vai a receita de chouriço que achei mais fácil e económica.
As chouriças aqui fotografadas saíram ainda mais económicas porque substitui metade da carne de porco por carne de veado, por isso aparentam um pouco mais escuras mas não eram nada piores, ou quero dizer, não são nada piores, porque ainda duram.
“Chouriço Português”
2.1 Kg---Carne de porco da pá (cortada em cubos pequenos)
450 g---Gordura de porco (moida ou picada muito fina)
70 g ---Sal
25 g---Colorau doce (smoked) (spanish)
24 g--- Dextrose
4 g---Pimenta preta
14 g---Cure #2
3 g ---Pimenta Cayenne
3 g---Alho seco granulado
50 ml--- Vinho do Porto
( 5.4 Kg de Chouriço)
1. Misture os cubos de carne com a gordura, o Sal, Cure e Dextrose e deixe descansar cerca de 15 minutos.
2. Adicione o colorau e vinho do Porto e misture tudo bem.
3. Tape bem o recipiente e deixe uma noite no frigorífico.
4. Encha o chouriço em tripas de 38 mm com um pequeno funil de boca larga e ate-as do tamanho preferido.
5. Pendure, de preferência numa cave com temperatura de 21 graus C. (70F)
(Eu tenho um pequeno fumeiro onde em geral defumo as minhas duas horas e depois congelo-as bem embrulhadas em papel vegetal, defumar e apenas uma preferência, tal como adicionar piri piri se gostar delas mais picantes.)
Nos seguintes Sites podem comprar as tripas e todos ingredientes necessários para esta receita, bom apetite.
http://www.leeners.com/meats-sausage-casing.html
http://www.myspicer.com/default.asp

domingo, 5 de abril de 2009

“ Eusébio”


Eusébio, como outros meninos da sua idade, com a tenra idade de dez anos teve que trocar a bola e outros brinquedos pelo trabalho árduo do campo. Pouco depois de Eusébio completar a quarta classe, em 1971, por força da pobreza a mãe de Eusébio decide manda-lo para a capital portuguesa onde durante seis anos passou a fazer parte do circulo de exploração de trabalho infantil existente em Portugal. O dia de Eusébio começava as sete da manha no restaurante “João do Grão” (que ainda hoje existe) na rua dos Correeiros, no coração da baixa lisboeta. Entre as sete e as doze, as suas tarefas eram; escamar e lavar peixe, descascar batatas, lavar o chão, e lavar os WC, entre muitas outras. Ao meio dia começavam as três horas de almoço que Eusébio passava a lavar pratos, talheres, copos e panelas usados pelas centenas de pessoas que frequentavam o restaurante nesses tempos. Depois de três horas de descanso, entre as três e seis horas da tarde, voltava a labuta entre as seis e as nove e meia, onde se repetiam as tarefas matinais, incluindo preparar o restaurante para o dia seguinte. No recinto da “Praça da Figueira” depois de um dia de trabalho árduo no “João do Grão” e com outros meninos vitimas do mesmo destino, Eusébio começou a aprender a dar uns pontapés na “chicha”, embora esta fosse construída de trapos ou jornais, dava para entreter. Era bem aparente que Eusébio não tinha muito jeito para o futebol, mas foi aqui que começou a sua paixão pelo desporto rei. Como o Benfica era o clube dos pobres e também a equipe que nesses tempos mais títulos conquistava, é lógico que o clube da águia passou a ser a paixão de Eusébio. Com a ajuda de um familiar, Eusébio parte para os EU em 1977. Distante do seu Portugal, a única tecnologia existente para acompanhar o seu Benfica era um pequeno radio de onda curta, que depois de muita ginástica, como mudar a antena para o norte, por uma perna as costas e torcer a língua para o lado direito, dava para ouvir qualquer coisa do relato. Mesmo sem saber jogar, em 1990 Eusébio decide iniciar uma equipe de velhas guardas, claro que Eusébio não podia ser velha guarda porque nunca tinha jogado por qualquer equipe oficial, mas com persistência e força de vontade e ajuda de alguns amigos a equipe das velhas guardas vai do sonho a realidade. Com as velhas guardas Eusébio aprende a dar mais uns toques, e a equipe até tem bastante sucesso derivado ao valor de muitos jogadores que a integraram. Em 1995, Eusébio, por motivos pessoais, mais uma vez tem que fazer as malas e mudasse para o interior dos EU, mas o bichinho da bola continua na sua companhia, e em 2001, Eusébio, mais uma vez mete mãos á obra e inicia uma equipe para maiores de trinta anos que inscreve numa liga local. A equipe passou a chamar-se “The Generals” derivado á empresa onde Eusébio trabalha e nesse mesmo ano conquistou um fabuloso segundo lugar numa liga de dezasseis equipes. Eusébio é actualmente o avançado centro dos Generals onde tem marcado alguns bonitos golos, ainda que por vezes seja acusado de estar á mama, é que Eusébio é também o jogador mais idoso dos Generals. Isto dá mesmo para dizer que; “em terra de cegos, quem tem olho é rei”. Sinceramente esta história nada tem a ver com Eusébio, mas sim com um fulano que pouco ou nada sabe jogar futebol, mas gosta de futebol incondicional-mente e sempre foi fã do ''Pantera Negra''. Bem, por respeito ao ''Rei dos Benfiquistas'' este amante do futebol passara então a chamar-se; Eu-Zé-bio.