Com as temperaturas frígidas que se fazem sentir na América do norte no inverno, geralmente o destino dos que gostam de passear é quase sempre o sul do pais, á procura de temperaturas mais apetecíveis.
Mas como remar contra a maré e quase sempre o meu costume e um desafio do meu agrado, na ultima semana de Janeiro resolvi fazer exactamente o contrario, voltei costas ao sol e em vez de aquecer o corpo, resolvi aquecer a alma.
Longe vai o tempo em que atravessar a fronteira entre os EUA/Canada era um feito fácil, a que se dava muito pouca importância. O onze de Setembro modificou, e muito, o mundo em que vivemos, pelo menos no que diz respeito a entrar e sair dos EUA, á bem pouco tempo, apenas com a carta de condução valida, era permitida a travessia entre o pais vizinho, (o da parte norte claro, o do sul já era um pouco mais complicado) hoje em dia, não só é necessário o passaporte em dia, como também somos sujeitos a uma interrogação intensiva.
Após ter sido interrogado e passada uma revista ao meu pickup pelo oficial de fronteiras, foi-me concedida entrada ao Canada, país que continua a honrar a rainha da Inglaterra e orgulha-se em manter um sistema muito semelhante ao europeu, embora que com as costas bem aconchegadas pelo império Norte Americano.
A viagem correu bastante bem, tendo em conta que quatro das seis horas transitei debaixo de uma queda de neve intensa, com o piso completamente congelado e observei o maior numero de despistes da minha vida, espero que nenhum tenha causado fatalidades. Mas como diz o ditado, “ quem corre por gosto não cansa” la segui viagem até Toronto. A parte dianteira do meu pickup estava completamente coberta por uma camada de gelo preto que nem dava para reconhecer a marca, mas felizmente cheguei sem sofrer qualquer prejuízo material ou pessoal.
De louvar, é a forma como os Canadianos limpam as suas estradas, especialmente as vias rápidas, com quatro camiões com remove-dor de neve, mantendo o primeiro na faixa da esquerda um pouco mais adiantado que o segundo, e assim sucessivamente até ao quarto, dá para ver que enfrentam Invernos rigorosos ano após ano, e com a pratica aperfeiçoaram estas manobras.
Na zona de Toronto o tempo estava bastante agradável, com temperaturas baixas mas um dia de sol brilhante, como que a querer dizer que a primavera já vinha a caminho.
Depois de passar com o pickup por uma lavagem automática, um almoço leve, uma sobremesa de primeira classe e fazer umas compras num super mercado português, segui para Toronto.
Já no coração da cidade, (na Dundas Street) comprei dois pães de milho branco e deliciei-me a ver a variedade de pastelaria portuguesa, como pasteis de nata, palmiers, bolos de arroz e muitos mais, mas não me atrevi a comprar nenhuns, não só porque não sou muito guloso, mas com a minha idade, á que ter um pouco de cuidado, ou as calcas não servem.
Para o jantar fui ao Piri-Piri, um restaurante bem português, que dava para ver, pela sua lotação quase completamente esgotada, que a comida devia ser de boa qualidade e bem confeccionada.
Como aperitivo, começamos com umas gambas a la plancha e uma dúzia de mexilhões tipo a-bolhão-pato, seguido de uma posta de garoupa grelhada com batata cozida e legumes. A comida estava bem confeccionada e era fresca, os empregados simpáticos e atenciosos, alguns ate é em demasia, mas o vinho da casa não o aconselho, era muito pior do que o que eu faço. Também achei os preços bastante elevados, isto em comparação com os EUA, é claro que eu não vivo ali o dia a dia para poder avaliar se os preços estão ao nível da competição local.
A noite terminou em cheio com um bom pé de dança no clube Graciosa, já não me lembro a ultima vez que dancei tanto, as pessoas eram muito amistosas, (embora que poucas) o que já é costume na nossa gente de sangue português, mas o maior agradecimento vai para quem me acompanhou, pessoas assim são uma raridade e só lhes podemos desejar o melhor na vida, sempre bem acompanhadas por Deus.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Vendo o seu entusiasmo, o interesse na exploração da minha cidade e personalidade graciosa dá-me o grande prazer de ser a sua guia de viagem.
ResponderEliminar