terça-feira, 29 de janeiro de 2013

RESISTINDO ÁS CHEIAS

A cidade de Lodi, no estado de Nova Jersey, começou a acolher algumas famílias portuguesas nos anos 60, que tentavam fugir a zonas mais movimentadas dos estados unidos, nomeadamente, Newark, que tinha como titulo "a capital de furto a automóveis nos States".
Lodi oferecia um modo de vida mais calmo, com melhores escolas e bairros, e está situada a poucos quilómetros da cidade de Nova York.
Como já é tradição dos emigrantes portugueses abrirem um centro cultural nos locais onde se concentram, Lodi não foi excepção á regra e em 1973 içou a bandeira das quinas sobre um pequeno prédio junto ao rio Saddle, que passou a ter o nome de "Portuguese American Cultural Center".
Um dos associados desta colectividade, informou-me durante a minha visita, que já haviam portugueses radicados nesta cidade desde os anos 1800, e que existiram outros centros culturais na mesma, um facto que não me foi possível confirmar.
Este centro cultural português tem sido vitima de varias cheias através das décadas, sendo ultimamente severamente atingido pelos furacões Floyd e Sandy, respectivamente. Quase sempre deixando o centro submerso pelas aguas acumuladas neste pequeno rio, as cheias passaram a ser parte da normalidade deste centro e cidade, uma vez que depois de vários desaterres ao rio, numa tentativa de canalizar as aguas, para não transbordarem as suas margens, não terem muito sucesso contra a lei da natureza.
O que é certo é que os nossos conterrâneos aqui radicados, continuam a reconstruir o centro cheia após cheia e afirmo que pelo menos o interior deste se encontra em muito boas condições. Outra particularidade é que esta semana foi eleita uma nova direcção e a surpresa mais agradável que despertou a minha atenção, é que uma grande parte do corpo directivo é completo por filhos de portugueses nascidos nos States, como a receberem a tocha olímpica da mão dos seus pais, dispostos a continuar a resistir as cheias do rio Saddle.


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