sábado, 10 de agosto de 2013

"OSTENTAÇÃO"

O paradoxo do nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas temperamentos mais curtos, estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos. Temos casas maiores e famílias menores, mais conveniências, mas menos tempo. Temos mais estudos académicos, mas menos bom senso, mais conhecimento, mas menos juízo, mais especialistas, mas mais problemas, mais medicina, mas menos bem-estar.

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos menos, conduzimos rápido demais, irritamos nos facilmente, ficamos acordados até tarde, levantamos nos muito cansados, lemos muito pouco, vemos TV demais e raramente rezamos.

Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos o nosso valor. Falamos demais,  raramente amamos e odiamos com muita frequência.

Aprendemos a ganhar a vida, mas perdemos a vida. Nós adicionamos anos à vida e não vida aos anos. Fomos à lua e voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua para conhecer um vizinho novo. Conquistamos o espaço exterior, mas não o espaço interior. Fazemos coisas maiores, mas não coisas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Conquistamos o átomo, mas não o nosso preconceito. Nós escrevemos mais, mas aprendemos menos. Nós planeamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a apressar-nos, mas não a esperar. Construímos mais computadores para armazenar informação, produzir mais cópias do que nunca, mas comunicamos cada vez menos.

Estes são os tempos de refeições rápidas e digestões lentas, dos homens grandes, mas de carácter pequeno, lucros acentuados, mas relações vazias. Estes são tempos de dois empregos, vários divórcios, casas bonitas e lares destruídos. São tempos de viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, duma noitada, corpos de peso excessivo, e comprimidos que fazem de tudo: alegram, acalmam, e matam. É um tempo em que há muito na vitrina e pouco no armazém. Um tempo em que a tecnologia nos pode levar esta carta, e após reflectir mos sobre ela, podemos simplesmente clicar 'delete.

Lembre-se de passar algum tempo com seus seres mais queridos, pois não vão estar cá para sempre.

Lembre-se, de dizer uma palavra gentil a alguém que olha para você com admiração, pois essa pessoa irá crescer e sairá do seu lado.

Lembre-se, de dar um abraço caloroso à pessoa ao seu lado, porque esse é o único tesouro que temos para dar do coração; e não nos custa nem um cêntimo.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' ao seu parceiro/a e aos seus seres mais queridos, mas acima de tudo quero dizer isto. Um beijo e um abraço curam a dor, quando são dados com amor e carinho.

Lembre-se de andar de mãos dadas e valorizar o momento, pois um dia essa pessoa deixará de estar ao seu lado.

Disponibilize de tempo para amar, tempo para falar! E tempo para compartilhar os pensamentos preciosos da sua mente.

E lembre-se sempre, a vida não é medida pelo número de respirações, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.

2 comentários:

  1. Eu gostava muito de comentar este post com a sinceridade que me caracteriza e isso iria ferir o autor de quem o publicou, não sabendo se é da sua autoria ou não. Se é da sua autoria, muito sinceramente... escreveu tudo sobre aquilo que não é ou pratica e isso é irónico demais para quem conhece a pessoa e saber que essa pessoa não é assim. Fico por aqui, a engolir comentários que não são reais.

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    1. Antes de mais, quero agradecer o vosso comentário. Agora que me conhece? Nem você nem nimguem! Ou não fosse eu um ser misterioso, que não mostra nem compartilha os sentimentos com qualquer alma vulgar.
      Mas se é a sinceridade que mais vos caracteriza, então porquê o anonimato? Mostre se ao mundo e fale à vontade.

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