terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

UM EXEMPLO A SEGUIR

Nos EUA , ouvimos a "War on Drugs" frase, há mais de 40 anos. Tudo começou em 1971, com Richard Nixon intitulando as drogas como " inimigo público número 1", e a ofensiva não tem realmente parado desde então.
Há uma infinidade de opiniões sobre se a guerra realmente funcionou ou não.
Um país com quem os EUA poderiam ter aprendido muito é Portugal.
"Portugal tem muito para nos ensinar " (digo eu). " No ano 2000, Portugal tinha um dos piores problemas na Europa com toxicodependentes. Um por cento da população era viciado em heroína, o que é alucinante. O primeiro-ministro e o líder da oposição reuniram-se e fizeram algo realmente ousado: Eles disseram: "Nós temos tentado todos os anos o modo americano de combater drogas, sem resultados positivos. Vamos reprimir! Todos os anos metemos mais pessoas na prisão, e todos os anos o problema se agrava, vamos fazer isto de uma forma diferente."
Portugal decidiu descriminalizar todas as drogas no ano 2000. Nos quase 15 anos após tomada esta decisão, o país viu uma queda no uso de drogas de cerca de cinquenta por cento. Os funcionários do governo estão muito entusiasmados com os resultados. A lógica é: em vez de criar condições mais severas para os toxicodependentes , por que não tentar dar-lhes uma saída?
Os líderes políticos do país decidiram consultar um painel de cientistas sobre o que fazer, e concordaram, em antecedência, com qualquer que fosse o resultado da pesquisa cientifica.
(Levaram o assunto para fora da política)
 O painel de cientistas concluiu que a solução era:  A descriminalização de todas as drogas, desde Canábis à Cocaína.  Mas o passo crucial foi;  gastar todo o dinheiro que gastavam para prender toxicodependentes, julgar toxicodependentes, e  encarcerar toxicodependentes ,  a reabilitar os toxicodependentes, para os reconectar com a sociedade, ou seja, para lhes dar um propósito na vida.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

RECOMENDA-SE

Vou partilhar uma história que me tocou profundamente no coração, encheu-me de orgulho da minha raça de ser Português afirmando que continuamos a ser um povo acolhedor, ímpar e honesto.
Quatro amigos meus  americanos do estado de Indiana, nos Estados Unidos da América, vieram de férias a Portugal e passaram uma semana na minha casa em Leiria para visitar alguns dos monumentos que existem nas nossas redondezas.
No dia 26 Julho, 2014, depois de uma visita matinal ao mosteiro da Batalha, as barrigas começaram a dar horas, e como é sempre meu costume, aconselhei o pessoal a sair zona turística e procurar almoço num restaurante menos frequentado por turistas. O meu plano até foi bem sucedido, quando uma placa de publicidade me alertou com o nome dum restaurante chamado o Celeiro, na Urbanização do Graça. O parque de estacionamento estava bem repleto, geralmente um bom sinal, que a comida é boa e acessível ás carteiras mais modesta.
O menu neste dia era constituído por quatro pratos típicos Portugueses, Cosido à Portuguesa, Chanfana de Cabrito, Frango do Campo Estufado e filetes de peixe. Enquanto esperávamos que nos preparassem a mesa, (cerca de dez minutos) aproveitei para ver os quatros pratos do dia a serem consumidos nas várias mesas da ampla sala deste restaurante, o que me ajudou a escolher as nossas refeições. Eu e dois dos meus amigos optamos por Chanfana, duas doses foi mais que suficiente para três pessoa e ainda para dar a provar, uma dose de Frango foi a opção das duas senhoras, o nosso amigo da República Dominicana preferiu os filetes de peixe. Como a minha escolha foi chanfana, e não provei os outros pratos, apenas me resta dizer que foi, sem margem para dúvida, a melhor Chanfana que já comi, se a memória não me falha. O pudim caseiro, estava uma delícia, um litro de tinto, uma garrafa de dois litros de água, iced tea e três expressos completaram o nosso almoço que custou  cerca de quarentena e três euros dividido por seis pessoas.
Quando chegou a conta, a esposa do meu amigo Bill, puxa de um maço de notas da carteira que trazia atada na cintura, mas ao devolver o dinheiro à carteira, em vez de meter as notas nas abertura da carteira, meteu-as entre as calças e a carteira e as notas caíram ao chão, facto que passou despercebido a todos, até cerca de quatro horas mais tarde, quando chegamos a Fátima. Em pânico, a senhora conta ao Bill o acontecido, o que causou, da parte dele, uma reacção um pouco invulgar e desnecessária e de ânimos acelerados. O Bill agarrou a carteira, atirou-a no caixote do lixo e dirigiu umas palavras menos amistosas à esposa.
Após ser informado sobre o acontecido, tentei acalmar a situação ao me disponibilizar para voltar a passar pelo restaurante e perguntar se por casualidade haviam encontrado o dinheiro.
A dona do restaurante abriu um sorriso de alegria quando me viu entrar a porta do estabelecimento, como a confirmar o que eu já suspeitava, que o empregado viu o dinheiro no chão e de imediato o entregou à patroa.
Os meus amigos Americanos quase não queriam acreditar no acontecido, com uma expressão  interrogadora nos rostos, como quem perguntava; mas será que ainda existe gente assim tão honesta no mundo?

Concluindo, apenas quero agradecer ao pessoal do Restaurante O Celeiro pela honestidade demonstrada, e por me terem deixado ainda mais orgulhoso de ser português.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

MONTE REAL

A Base Aérea nº 5, erigida no local em que funcionou outrora o Aero Clube de Leiria, foi oficialmente inaugurada a 4 de Outubro de 1959 com duas Esquadras de combate (Esq, 51 Falcões e 52 Galos) num total de 50 caças F-86F. Em 1966, viu aumentado este quantitativo com a atribuição de FIAT G-91 R4, à Esq. 51, primariamente dedicados ao treino de pilotos para as Esquadras então sedeadas na Guiné, Angola e Moçambique.
Em 1974, a Esquadra 103 com o T-33A passou a ministrar os Cursos Complementares para Aeronaves de Combate a partir desta Unidade.
Em 1977, o T-38 TALON veio integrar a Esq. 51, complementando as capacidades dos F-86F.
Em 1981 chegam os primeiros A-7P CORSAIR II que equiparam as Esquadras 302 Falcões e 304 Magníficos.
Em 8 de Julho de 1994 chegam a Monte Real os F-16A com os quais foi reactivada a Esquadra 201 Falcões.
Com uma população que, dependendo das Esquadras, tem variado entre os 800 e 1200 militares e civis, a Base Aérea nº 5 é uma Unidade com grandes tradições de Defesa Aérea, constituindo o vector decisivo para o policiamento aéreo do espaço de interesse nacional.
Integrada numa área de elevada densidade populacional, reduz o impacto ambiental, inerente ao seu funcionamento, através de medidas e equipamentos que minimizam a poluição, nomeadamente a sonora e de águas residuais.
Unidade de características muito particulares, constituí um polo de interesse e atracção, para a população e inúmeros turistas da freguesia, podendo ser visitada mediante contacto prévio com o Gabinete do Comando.


Fotos de Joe Carvalho, o conteúdo da historia publicada, foi  partilhada através do site da freguesia de Monte Real. Esta freguesia foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com Carvide formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Monte Real e Carvide da qual é a sede.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

APOIO INCONDICIONAL


Como emigrante, sempre imaginei que nós, lá por fora, vibrávamos mais com os jogos da selecção que propriamente os nossos compatriotas que vivem na terra mãe, mas não é tanto assim. 

Certo é, que lá por fora vibramos muitíssimo, quando alguma coisa nos faz lembrar a pátria querida, que por uma ou outra razão tivemos que aboandonar. 

Mas é realmente impressionante ver as pessoas nas ruas em Portugal, vestidas com as cores da nossa seleção, bandeiras nas varandas e carros, os canais de televisão dedicam a maior parte dos seus programas a reportagens sobre a seleção, algumas empresas vão cessar produção durante o jogo, e instalaram televisões nos locais de trabalho para os funcionários poderem ver jogo. Enfim, confesso que tenho andado o dia todo emocionado com uma lágrima no canto do olho. Os alemães até podem ganhar o jogo, mas de uma coisa tenho a certeza; não nos ganham em patriotismo, humildade, amor e carinho pela selecção nacional. 

VIVA PORTUGAL!!!!!!!! FORÇA PORTUGAL!!!!!!!!!!!!!!!!! 

terça-feira, 3 de junho de 2014

PASSA PRA CÁ O REINADO


Instalou-se a polémica  da rei-nação no país visinho, o rei Juan Carlos decidiu entregar o trono a seu filho, uma vez que se deve sentir sem foça, ou frça de vontade, de continuar a exercer as funções de "king". 
Para muitos, é a oportunidade perfeita para se manifestarem contra o reinado, sem saberem bem o porquê do seu protesto, apenas sabem, que sabem que ter um rei não é bom.
Certo é que a crise financeira na Europa, leva as pessoas a protestarem por tudo e por nada, é o desespero de não conseguir emprego, principalmente em Espanha, onde a taxa de desemprego é actualmente superior a 26%. São reacções do querer e não poder cumprir com as obrigações financeiras, como renda de casa, eletricidade, gás, comida, etc.
Do que os nossos vizinhos da península ibérica não se devem ter apercebido, é que Portugal gasta mais dinheiro com o gabinete do presidente da República, que Espanha com as despesas do rei.
Será que se os espanhóis, informados com este facto, ainda quereriam a mudança? Tendo em conta que Portugal é um país com menor dimensão, menos população e onde a crise financeira é muito superior à espanhola! 
Acho que é mesmo caso para dizer; "Be careful what you wish for".
Long live the king!!!!!!!

terça-feira, 27 de maio de 2014

UMA INDÚSTRIA COM HISTÓRIA


Real Fábrica do Juncal
Fundada em 1770 por José Rodrigues da Silva e Sousa, sob a proteção do Marquês de Pombal, fabricava louça, jarras de altar e azulejo. Dirigida pelo fundador, que é autor dos azulejos das igrejas do Juncal, em Porto de Mós, e dos Milagres, em Leiria, seria administrada, mais tarde, por José Luís Fernandes da Fonseca, que substituiria a decoração clássica e erudita pela denominada “maneira do Juncal”, mais simples nas formas e na decoração. Filomena Martins, licenciada em História, explica ainda que a importância que a fábrica adquiriu levou o fundador a solicitar autorização à rainha D. Maria I para usar as Armas Reais por cima da porta da fábrica, em 1782, o que veio a suceder dois anos depois. Destruída durante as Invasões Francesas, foi reconstruída em 1811 por José Ro- drigues, que estabeleceu, mais tarde, sociedade com José Luís Fernandes, que a passou a administrar após a sua morte, em 1924. Filomena Martins diz que, em 1837, a Real Fábrica do Juncal, continuava a figurar nas estatísticas como a única fábrica de louça branca do distrito. A empresa pertenceu ainda a mais duas gerações da família: Bernardino da Fonseca e, mais tarde, ao seu filho José Calado da Fonseca, que viria a encerrá-la em 1876 para se dedicar à agricultura.

Fábrica de Louça José dos Reis
O comerciante de louça José dos Reis fundou a primeira fábrica de cerâmica de Alcobaça, em 1875. Oriundo de Coimbra, terá procurado Alcobaça com o objectivo de produzir faiança para mercados que, de outra forma, não poderia abastecer, devido à distância, conta Jorge Pereira de Sampaio, director do Mosteiro de Alcobaça e mestre e doutor em História da Cerâmica Portuguesa. Fabricava louça pintada e estampilhada em barro branco decorada com paisagens com casarios e árvores ou flores pintadas a preto, azul ou cor-de-rosa. Em 1900, foi adquirida por Manuel da Bernarda Junior, construtor civil, e deu origem à Raul da Bernarda & Filhos.

Raul da Bernarda & Filhos
Nos primeiros tempos, a empresa fabricou manilhas, azulejos de revestimento, produtos que Manuel da Bernarda usava na sua actividade de construtor, lê-se na “Gazeta das Caldas”. Mais tarde, acabaria por ficar a cargo do irmão, Raul da Bernarda. Jorge Pereira de Sampaio, especialista em cerâmica portuguesa, diz que a Raul da Bernarda e a Olaria de Alcobaça acabariam por criar um estilo de louça artística de Alcobaça, em que o azul era a cor predominante. Acrescenta ainda que houve vários operários que saíram da Raul da Bernarda para criar outras fábricas, como a Pereira & Lopes, Elias & Paiva, Vestal, Pombo & Almeida Ribeiro ou Pedros.

Olaria de Alcobaça
Silvino da Bernarda, António Vieira Natividade e Joaquim Vieira Natividade fundam a Olaria de Alco- baça, em 1927. “Inovam no processo produtivo, criando peças inspiradas na cerâmica portuguesa dos séculos XVII, XVIII e XIX”, explica Jorge Pereira de Sampaio. Como motivos decorativos eram utilizadas quadras, de inspiração tipicamente coimbrã (ratinhos), e figuras humanas. A principal matéria-prima era o barro dos Capuchos que, após a cozedura, apresentava um aspecto rosado. Mais tarde, foi substituído por pasta branca. De um modo geral, a cor predominante era o azul, sobretudo nos modelos de influência seiscentista. Encerrou em 1984.

Museu da Cerâmica perpetua memórias desde o séc. XIX
Recentemente inaugurado, o Museu de Cerâmica de Alcobaça apresenta cerca de 250 peças, desde 1875 à actualidade, encontrando-se acessível em português, espanhol, francês, inglês e alemão. Jorge Pereira de Sampaio, especialista em cerâmica, diz que este espólio representa parte de uma das mais importantes colecções privadas de cerâmica portuguesa, desde o séc. XVIII à actualidade, constituída por cerca de 1.400 peças. “Além da exposição inicial, temos exposições temporárias e a peça do mês”, explica. Quem tiver interesse em conhecer as peças de cerâmica que integram a colecção Pereira de Sampaio, colecionadas ao longo de cerca de 60 anos pelos seus pais, Maria do Céu e Luís, pode fazê-lo gratuitamente, embora as visitas sejam por marcação. A família Pereira de Sampaio disponibiliza ainda residências artísticas e científicas, numa casa anexa ao museu.


terça-feira, 20 de maio de 2014

POR ATALHOS

 Numa das das minhas caminhadas dominicais pelas montanhas adjacentes à minha zona de residência, encontrei umas estruturas de estufas que me deixaram pasmado, e a tentar encontrar respostas para um porquê, que me deixou a imaginação perplexa.
Se é verdade que fiquei surpreendido pela magnitude das estufas, também é verdade que não consegui compreender o porquê do design do sistema de  irrigação das mesmas.
As estufas foram construídas num local em que são abastecidas pela luz do sol a maior parte do dia e com boa inclinação para escoamento de águas, em caso de chuvas torrenciais, como no local não existe qualquer tipo de nascente de água, foi construído no local, um lago artificial. 
Achei a ideia muito inovadora, tanto nesta localidade, como em muitas outras espalhadas por todo o país, que ajudam os agricultores a poderem cultivar hortaliças e vegetais durante os meses mais frios, em torno não ficando Portugal tão dependente dos importações vindas da vizinha Espanha. 
O que me deixou um pouco confuso, foi de o lago artificial construído para receber e reservar as águas da chuva, ter sido construído na parte mais baixa das estufas! 
Nas horas do regadio, como não há electricidade no local, um potente gerador a diesel bombeia a água montanha acima, água que é depois descarregada para os canos do sistema de rega instalados dentro das estufas.
A minha pergunta é simples; não seria mais fácil construir o lago na parte superior das estufas, e usar a gravidade para levar a água ao seu destino final, a custo zero?
A minha intenção não é criticar a ideia inovadora das estufas, estou apenas a colocar a questão, para ver se existe alguma lógica para este conceito por mim desconhecido.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ARCHEOLOGY CURIOSITY

This morning I decided to go for a walk alongside the coast, to enjoy the warmer temperatures and take a few pictures. As I descended upon a cliff near the water, on a secluded, yet beautiful part of coast, I noticed what appeared to be an old wall/ruin, protruding through the sand and vegetation.
At first I didn’t think much of it, as I got closer to it however; I realized this wall was manmade; apparently it had been buried under the sand for some time and got exposed by the excessive amounts of rain we’ve had in Portugal the last few weeks, which have caused some eroding to the dunes on our coastline.
It seems rather unusual for someone to have built a home this close to the ocean, there is also the possibility the ocean wasn’t   this close to the shoreline centuries ago though.
I am curious about archeology, but the extent of my qualifications as an archeologist does not go much past curiosity, today though, for a few minutes, I suddenly became Albert Tobias Clay.
Everywhere I looked there was an artifact and I didn’t even have to do any digging. I gathered a couple of hands full of items and headed home to take these pictures and catalogue the items as best as I know how.
My plan is to return to the site armed with some homemade tools, to see what else I might be able to unearth on this site, but the truth be said, I’m not even sure  there’s any historical value to these items.
I hope you enjoy the pictures and my story and please stay tuned for a follow-up, after my next archeology curiosity expedition.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraído até o bastante
não paro por um instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu não dei 

Tenho saudades
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo a viver e aprendendo.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SE AS PAREDES TIVESSEM OUVIDOS


À mais de cinco mil anos que várias civilizações começaram a deixar gravados os maiores eventos e acontecimentos, geração após geração, uns através de pinturas em cavernas, outros esculpidos em lápides de pedra ou até mesmo em pele de animais.
Mas toda essa história podia ter sido multiplicada milhares  de vezes através das civilizações mais recentes e baseada , não só nas pessoas consideradas mais importantes nas sociedades, como reis, ditadores, ministros ou algum doido varrido que tenha causado alguma atrocidade contra a sociedade ou ambiente, mas baseada também nos cidadãos comuns.
Ora se por exemplo, nesta casa,  retratada para a história que aqui partilho com os meus leitores, parte da cultura dos seus abitantes fosse manter um diário comum, para que todos, todos os dias, escrevessem os acontecimentos das suas vidas, casas como esta teriam imensas histórias para nos contar.
Imaginemos só uma casa com duzentos anos de história, começando pela família que a construiu, a documentarem todos os acontecimentos do seu dia a dia durante duzentos anos, quem ali nasceu e morreu, os momentos de tristeza e os de alegria, informação sobre os que partiram em busca de uma vida melhor, o seu regresso e os que nunca regressaram.
Cada casa seria sem dúvida, um livro de histórias, histórias sobre pessoas e acontecimentos diferentes. 
Quem não gostaria de poder ir à casa onde os seus antepassados viveram e poder ler tudo sobre as suas vidas, as suas histórias, e porque não ler as histórias de outras famílias, noutras casas!
Na minha opinião, é bem melhor ler uma história baseada na realidade, que ler um livro de ficção, com uma história inventada. 
Mas até que isso aconteça, limito-me apenas a parar em frente a casas como esta e tentar imaginar, quem ali nasceu, quem ali viveu, quem ali morreu, como seriam passados os seus melhores e piores dias, enfim, tento imaginar nuns escassos momentos, o que nessa casa fez história durante duzentos anos, e tento de alguma forma, inserir alguma realidade numa história que sem factos documentados, passa esta também a ser ficção, por ser por mim transcrita através da minha imaginação.