domingo, 29 de setembro de 2013

"POEMA DO DIA"

Ditoso seja aquele que somente


Se queixa de amorosas esquivanças;


Pois por elas não perde as esperanças


De poder nalgum tempo ser contente.


Ditoso seja quem estando ausente


Não sente mais que a pena das lembranças;


Porque ainda que se tema de mudanças,


Menos se teme a dor quando se sente.


Ditoso seja, enfim, qualquer estado,


Onde enganos, desprezos e isenção


Trazem um coração atormentado.


Mas triste quem se sente magoado


De erros em que não pode haver perdão


Sem ficar na alma a mágoa do pecado.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Larápias entre nós...

A minha primeira experiência com larápios (neste caso larápias) em Portugal, aconteceu me dia 14 de Setembro 2013, no centro da cidade de Leiria. Enquanto almoçava na esplanada do restaurante "Mata o Bicho" com pessoas amigas, que me visitavam dos Estados Unidos, duas jovens Romenas aproximaram se da nossa mesa a pedir esmola e tentar vender a revista borda de água.
Uma aproximou se da mesa pelo meu lado direito, a outra pelo lado esquerdo, insistindo com uma das minhas amigas, para que lhe desse uma esmola. Enquanto me virava para a que estava do meu lado direito, na tentativa de a afastar da nossa mesa, a do meu lado esquerdo, pôs uma revista sobre o meu iPhone, quando levantou a revista, levou o meu iPhone junto com a revista.
A minha sorte, azar das larapias, uma turista de Espanha na mesa ao lado, apercebeu se do furto e alertou me que as larápias me tinham furtado o telemóvel. Quando me levanto para ver se as via, já iam bem ao fundo da rua num andar bem apressado. Eu liguei o turbo e desatei a correr na direcção das larápias que quando se voltaram para ver de onde vinha tal ruído,já eu estava praticamente em cima delas..
Com uma pilha de nervos e adrenalina aos níveis  máximos a correr me nas veias, desatei aos gritos em inglês. Não vou aqui escrever os nomes que lhes chamei, mas começavam quases todos com a letra M, F, e B. Nos primeiros instantes elas ainda resistiram e não me deram o telemóvel, mas talvez por receio da minha fúria e das centenas de pessoas que entretantato se levantavam das suas mesas para ver o que se passava, decidiram entregar me o iPhone.
O acontecido, serviu me de lição, embora que bem sucedida. Agora mantenho sempre a carteira e iPhone no bolso, e ando sempre, como se costuma dizer, com um olho no burro e o outro no cigano.
Apenas queria compartilhar esta cena triste com os leitores, não para vos dizer que não visitem Portugal, mas sim, que o façam com cautela. Com o lixo que deixam cá entrar, Portugal já não é o que era, nem mesmo nas cidades mais calmas, como Leiria..