sexta-feira, 14 de junho de 2013

ABRAÇAR A NATUREZA

Ainda existem lugares no mundo em que a paz, tranquilidade, ar puro, e o cheiro natural das flores silvestres e a natureza vivem em perfeita harmonia. Eu encontrei esse lugar no nosso cantinho da península ibérica. Haverá outros lugares melhores em Portugal, como por exemplo, o Gerês e outros mais, mas o que partilho hoje convosco, é o que tenho o prazer de pessoalmente usufruir diariamente. 
Quando me ausento de tudo e todos para abraçar a natureza que me rodeia e fazêr a minha corrida matinal nesta linda região do centro de Portugal, entre a cidade de Leiria e Fátima, fico com a sensação de, pelo menos por uma hora, entrar num paraíso que muito poucos conhecem.
O cheiro das flores e plantas silvestres que numa vasta parte do meu percurso formam uma espécie de um dossel sobre o caminho, é simplesmente inimaginável existir para os "City Dwellers" que estão limitados a cheirar o ar poluído pelas emissões dos cerca de 6 milhões de automóveis que circulam nas estradas portuguesas.
Não quero, de forma alguma, manipular a ideia dos que pensam que viver na cidade é melhor, antes pelo contrário, deixem se estar por lá! Assim, nós, que apreciamos a natureza, continuaremos a poder desfrutar desta parte do planeta ainda menos poluída, correr, andar, cheirar as flores, ouvir os passarinhos a chilrear tudo com os braços bem abertos. Sim, com os braços bem abertos!.. Para poder abraçar, dia após dia, esta ainda quase virgem natureza que, eu pelo menos adoro!





terça-feira, 4 de junho de 2013

POEMA DO DIA


1
Encontrei te desejei
que deverias ser minha
esse desejo que eu tinha
de te poder abraçar
qual era a razão não sei
de tanto te desejar
ao não poder decifrar
de onde esse desejo vinha


2
Em cada dia que passa
é menos um que te vejo
para matar este desejo
deste fogo que me queima
hoje nem sei o que faça
será isto uma toleima?
Ou o meu amor que teima
perseguir este cortejo!


3
Com meio século vivido
conheci muitas mulheres
mas a atenção que me deres
para mim será sempre pouca
serei eu teu preferido?
Ou tratas me como a roupa
como aquela que não poupa
e por ser velha não a queres
 
4
O teu sorriso airoso
Tem um brilho culminante
Brilha mais que um diamante
Complementa o teu olhar
E esse teu rosto formoso
Que adoro acariciar
E os teus lábios beijar
Nessa boca aliciante
 
                 5
Se isto e um sonho, ao acordar
Por certo não acredito
Pois ter sonho tão bonito
Não devera ser possível
Mas pelo menos vai dar
Para me deixar sensível
E uma mulher tão incrível
Será que é  mulher ou mito?
                  
 
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

sábado, 1 de junho de 2013

Segundo poema

De vós me parto, ó vida, e em tal mudança
Sinto vivo da morte o sentimento.
Não sei para que é ter contentamento,
Se mais há de perder quem mais alcança!
Mas dou-vos esta firme segurança:
Que, posto que me mate o meu tormento,
Pelas águas do eterno esquecimento
Segura passará minha lembrança.
Antes sem vós meus olhos se entristeçam,
Que com coisas outra alguma se contentem:
Antes os esqueçais, que vos esqueçam.
Antes nesta lembrança se atormentem,
Que com esquecimento desmereçam
A glória que em sofrer tal pena sentem.

Poema do dia

Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio,
O mundo todo abraço, e nada aperto.
É tudo quanto sinto um desconcerto:
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio;
Agora desvario, agora acerto.
Estando em terra, chego ao céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.
Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora.