segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PORTUGAL FUN VACATIONS

 
 
 
Amigos/as, dentro em breve estará disponível o meu novo website. A data que será anunciada quando a construção da pagina estiver concluida. É uma aventura que penso levar muito a sério e que espero tenha resultados bem positivos.
O projecto, que terá inicio no principio de 2013, quando concluído, devera criar alguns postos de trabalho (part time) em vários países. Assim que se tem experiência em Travel/Tourism, tem umas horas disponíveis por semana, quer ganhar algum dinheiro extra e vive no Canada, USA, ou qualquer outro país de língua inglesa. contacte me através do email deste blog.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

VENDO APARTAMENTO EM SINTRA

Vendo apartamento em Sintra: 2 quartos + 1 sala + Cozinha c/ despensa (espaçosa) + varanda que percorre os dois quartos (a varanda é ao longo da casa toda.

Casa com muita luminosidade. Todas as divisões têm Janelas. Pronta a habitar.

O Prédio é de 1976 mas está em bom estado de conservação e a empresa do condomínio é muito eficiente. Tem sensivelmente 36 anos. Prédio c/ condomínio gerido por uma empresa. O Valor mensal do condomínio ronda os 25€
Junto a supermercados, talho, farmácia. Centro de Saúde fica a 5 minutos de autocarro.
A 10 minutos há uma localidade Massamá norte que possui vários Hipermercados como o Modelo Continente, Intermarché, Minipreço e outros.
Da localização da casa a Sintra, Cascais (praias) e Lisboa  de carro são 15 a 20 minutos.
A Estação de comboios fica a 10 minutos de autocarro e a 5 minutos de carro.
Para mais informacão ligue para Jose Carvalho, USA: (260) 388-6625
João Carvalho, Portugal : 917 583 150


sábado, 18 de agosto de 2012

AVENTURA NA LINHA

Depois da minha transferência para Buffalo a quinze de Agosto dois mil e onze, encontrei me numa situação peculiar. Como tinha dois automóveis e não dá para conduzir mais que um de cada vez, teve que deixar um deles em Indiana. No dia vinte e seis de agosto resolvi fazer uma viagem de comboio entre Buffalo e Indiana para depois conduzir o segundo automóvel no regresso. O plano não parecia fora de normal, até chegar á estação de comboios da Amtrak e ver, a tão diversificada clientela da linhas ferroviária Americanas, pelo menos nos meios rurais. É claro que que somos todos filhos de Deus, e eu não me sinto mais nem menos que qualquer outro ser humano, mas será que Deus estava cansado quando moldou algumas destas almas!.. Dá para ver que há muita miséria neste país que se diz rico, bem, é rico em tudo, ate na miséria.
Aqui dava para ver de tudo, senhoras com hábitos árabes, mas a dominar perfeitamente a língua americana, outra, que manteve palestra com a do habito durante as duas horas que esperava-mos o comboio, que acabaria por chegar com uma hora de atraso, parecia ser da mesma cultura mas já mais vestida, ou diga-se menos vestida, pois os calções de ganga que vestia não deixavam muito para a imaginação, mas por acaso ate tinha um pernil bem feito, não fosse o odor que me penetravas as narinas quando ela mexia os braços com movimentos mais ríspidos, até me atrevia a dizer que era atractiva.
Mais ao fundo do salão de espera, um sujeito com duas malas de viagem que pareciam estar vazias, deitava-se sobre três cadeiras e dormia a sua soneca, de vez em quando poluindo o ar com uns traques bem ruidosos.
Comecei a sentir uma comichão nas pernas como que as pulgas estivessem prontas para me atacar, seria que isto era mesmo verdade, não posso crer que no ano dois mil e onze, nos Estados Unidos da América, ainda exista destas coisas.
Serei eu, que por não estar acostumado a estas andanças, critique mais por saber menos sobre as classes menos afluentes deste país. Espero que não, pelo menos espero que eu não chegue a ver tal tragédia, mas pelo que tudo indica, esta grande nação tem um futuro pouco brilhante, será que não aprendem com o país vizinho mais ao norte, que apenas  autorizam e legalizam pessoas formadas, ou pelo menos com uma profissão que traga uma mais valia para o país. A pergunta deles é sempre, o que que  você  tem para oferecer ao Canada? E dão se ao luxo de extraditar povo como o nosso, honesto e trabalhador.  Bem, mas no que diz respeita á minha viagem; os bancos do comboio não tinham absolutamente nada de confortáveis, e como o pessoal americano é quase todo "large", sentou se ao meu lado uma trave!...É que não deu mesmo para fechar a pestana. Quando começou a espreitar a luz da madrugada, tentei admirar a paisagem mas pouco ou nada tinha que oferecer. Claro que os senhores fulanos de tal não iam viver junto á linha do comboio e aturar esse ruído dos carris ferroviários dia após dia, noite após noite. Por isso , toca ás pessoas mais menos afluentes, viver junto aos caminhos de ferro. Tudo isso era bem evidente nas habitações degradadas, barracões de Madeira a cair, automóveis antigos a serem comidos pela ferrugem e de vez e quando lá aparecia um campo de milho ou feijão soja a dar o seu ar de graça. Como habitante deste país à mais de 35 anos, foi a primeira vez que me aventurei a usar transportes ferroviários, embora a experiência não fosse terrível, também não me deixou com saudades de voltar a ter outra aventura na linha. 

SAUDADES DA MINHA MAE


Com uma lágrima no rosto
despediu se deste mundo
foi um desgosto profundo
que a levou a tal critério
de partir para o cemitério
no mês de Abril ao sol posto

Foi curta sua estadia
neste mundo de torturas
com mãos de ferro tão duras
a triste que sofreu tanto
e preferiu esse pranto
que viver sem alegria

Nesse dia em partiu
acabou com seu tormento
disse adeus ao sofrimento
nimguem sabia de nada
fez tudo pela calada
de nimguem se despediu

Desde os seus primeiros passos
carregou imensa cruz
e quando apagou a luz
ao mundo que ia deixar
muitos por si a chorar
por falta dos seus abraços

Foi nesse abril ao sol posto
que começaram meus sonhos
mais triste do que risonhos
ao ver minha mâe partir
sem me poder despedir
com uma lágrima no rosto


domingo, 12 de agosto de 2012

AS COLMEIAS DO REGUEIRO


O verão em Boimo, nos meados dos anos sessenta, foi, sem margem para duvida, a estação do ano que mais marcou os anos da minha adolescência. Boimo é uma pequena aldeia inserida no conselho de Arcos de Valdevêz, no rodapé da serra da Penêda-Gerês, cuja população tem vindo a decrescer desde 1960. Em 1850 habitavam neste conselho cerca de 26000 pessoas, 110 anos mais tarde, em 1960, a população atingiu 39000, hoje em dia vivem por lá cerca de 25000 habitantes. Felizmente eu nasci no cume da população, por isso as actividades locais eram abundantes, alegres, frequentes e muito concorridas. Os caminhos, ou ruas, como lhe queiram chamar, de enormes pedras de granito, construídos pelos romanos durante a sua ocupação local, ainda se encontram em boas condições transitáveis, embora que agora já com bastantes ervas e tojos que através dos anos foram tomando raiz, perante a diminuição das pegadas de humanos e animais domésticos.  Nos meus tempos de criança, nem sequer uma lamina de erva crescia nestes caminhos, tantos eram os pequenos pés que pisavam estas calçadas dia após dia, as pedras davam aparência de serem  polidas diariamente.  Nos dias úteis, cerca de quarenta crianças, rapazes e raparigas, enchiam o ar com os seus gritos de brincadeira rumo á escola primaria de Portela que se encontrava a cerca de mil e quinhentos metros de distancia. Os terrenos de cultivo embelezavam a paisagem local com a sua distinta arquitectura em tipo de escadaria, com enormes paredes construídas de pedra, para reterem a fértil terra preta onde o milho era o cereal de preferencia ali cultivado, talvez pelo clima um pouco mais frio que se fazia sentir durante o inverno. Embora que considerada pobre, esta terra para mim foi uma das maiores riquezas que jamais conheci. Na sua maioria, os residentes desta pequena aldeia viviam numa harmonia incomparável, as famílias mais abastadas, quando faziam a matança de porco, repartiam a carne com as famílias mais carenciadas, feito hoje em dia difícil de se encontrar, se não até mesmo impossível. Rodeada por montanhas verdes, ricas em vegetação e aguas cristalinas a jorrar  nas suas nascentes a pequena aldeia custeava uma vasta dimensão territorial onde centenas de ovelhas, cabras e vacas, que faziam parte da alimentação dos locais, pastavam sobre o olhar vigilante do pastor que tinha que se manter bem alerta. Mas como todos os cuidados som poucos, de vez-em-quando os lobos ibéricos pregavam uma das suas partidas. Um bom exemplo que este povo vivia em quase perfeita harmonia, era o facto que o compromisso de ser pastor era compartilhado por toda a aldeia. Cada Boimense, dedicava o seu tempo a ser pastor uma semana completa. Após todos cumprirem a mesma obrigação, então voltaria de novo a sua vez de ser pastor, entretanto, apenas se dedicava a encaminhar os seus rebanhos ao centro da aldeia, onde o pastor de serviço nessa semana, encaminhava o rebanhos montanha acima, onde pastavam até ao por do sol. Por incrível que pareça, ao cair da tarde, ás vezes já com as estrelas á espreita na galáxia, como comandados através de controle de remoto, os animais regressavam aos seus próprios celeiros sem qualquer intervenção humana. Nas encostas da montanha, nos caminhos entre os campos de cultivo, ou em qualquer muro, era fácil encontrar frutos silvestres para nos deliciar a paleta. Desde pinheiros mansos, com os seus pinhões de enorme dimensão, estes não eram exactamente a nossa preferencia, derivado ao grau de dificuldade em partir a casca dos pinhões. Mais para a encosta da montanha havia pêras bravas, mais conhecidas localmente por pericos, amoras, essas cresciam por qualquer canto, com as mais maduras deliciava-me muitas vezes com uma possa de amoras, confeccionada de amoras, pão de milho desfeito sobre as mesmas e se houvesse, uma ou duas colheres de açúcar amarelo, uma delicia!... Mas havia muitos mais, quem quisesse dar uma caminhada de cerca de 1 km até á floresta do Mezio, encontraria avelãs nas bermas do rio, castanhas na floresta mais densa e arandos vermelhos bem adocicados. Arandos não e o próprio nome deste fruto, mas era como eram conhecidos localmente, o nome ao certo, peço perdão mas não sei. Bailando de pétala em pétala as abelhas labutavam arduamente num vaivém constante a recolher o néctar dos deuses. No Outono durante a colheita do mel, perto da fonte dos castanheiros, o Regueiro passava longas  horas a defumar os enxames e extrair os favos de cera carregados desse liquido doce cor de ouro-cobre. As latadas de videiras de vinho verde que sobressaíam das pequenas parcelas de terreno e trepando se entre-laçavam nos arames usados para suporte das uvas, tapavam quase todos os caminhos da aldeia como um toldo a proteger as pedras  das calçadas. Os terrenos do Regueiro eram um pouco mais soalheiros, a parte Sul, mais protegida do vento sustentava varias laranjeiras, esta fruta não era habitualmente encontrada nestas redondezas, derivado as  condições climatéricas mais desfavoráveis desta zona. Na parte norte existiam cerca de uma dúzia de colmeias construídas de madeira e cortiça.   A generosidade do povo desta aldeia era transmitida pela vasta maioria dos seus habitantes, e o Regueiro não era excepção á regra. Mantenho vivas belas recordações das vezes que passava cerca das colmeias quando o Regueiro extraía o mel e sempre me oferecia um favo, ainda com algumas abelhas a completar os seus depósitos de néctar das flores. Depois de cautelosamente remover as abelhas, mastigava o favo de mel durante vários minutos até extrair todo o mel e restasse apenas uma bola de cera.

Já em anos mais recentes, visitei a minha pequena aldeia para matar saudades, trilhar os caminhos de pedras  imensas de granito,construídos durante a invasão romana e tentar mentalmente reviver alguns tempos da minha linda infância.

É claro que nem mesmo esta pequena aldeia, qual população tem vindo a diminuir através das décadas, conseguiu escapar á evolução mundial, mais sentida nos países pobres que passaram a integrar a união europeia, e com isso beneficiar de todas as amenidades e tecnologias do mundo moderno, pelo menos na opinião de alguns!... Hoje, parte dos caminhos romanos estão  vestido de alcatrão para dar acesso a automóveis, e a casa do regueiro, embora ainda exista, foi renovada e o terreno que envergava as colmeias

arrasado, para facilitar o alargamento da estrada que dá acesso ao centro da aldeia.

O Regueiro já á muitos anos que nos deixou, as abelhas, embora que agora já não domesticadas, ainda por ali andam na sua labuta diária, a polinizar e retrair néctar da vasta variedades de flores que adornam as paisagens do alto Minho. A mim, infelizmente me resta as memórias e saudades das colmeias do Regueiro.

sábado, 11 de agosto de 2012

SOL POSTO

Agora que cheguei a mais uma etapa difícil na minha vida, chegou a hora de usar toda essa persistência que me ajudou a ser o homem que hoje sou. Não há voltar atras, pelo menos é para isso que vou lutar.
Então, como as nossas raízes são sempre um alimento da alma, como uma vitamina que nos ajuda a combater deficiências no sistema imune, vou no fim de Agosto passar uns dias a Portugal.
É sem duvida numa altura edial, por muitas razões, uma delas, o doutor disse-me que tenho deficiência de vitamina D, como em Portugal temos muito sol, espero que me ajude a alimentar a alma ao ver nascer e por o sol no nossos cantinho da península Ibérica.